
O exame de papanicolau permite o diagnóstico de infecções, doenças sexualmente transmissíveis e alguns tipos de câncer genital.
A colpocitologia oncológica, conhecida popularmente como Papanicolau, é um exame ginecológico de citologia simples, rápido, geralmente indolor e super importante para verificar a saúde da mulher.
O que é papanicolau?
Papanicolau é o exame ginecológico que deve ser realizado anualmente para rastreio e diagnóstico da saúde genital. É um exame de coleta simples, realizado em consultório, feito com o auxílio de uma espátula e escovinha que coletam células do colo uterino sob visualização direta. Esse material é enviado para o laboratório para ser analisado.
Para que serve o exame de papanicolau?
O exame permite a avaliação das características das células do colo do útero, permitindo a identificação de infecções, alterações hormonais e até câncer de colo do útero.
Preparo do exame
Não existe preparo específico para o Papanicolau, que é realizado durante o exame ginecológico. É recomendável a abstinência sexual nas 72 horas que antecedem o exame, além de evitar o uso de duchas higiênicas, cremes ou lubrificantes.
Como é feito o papanicolau?
Com a mulher em posição ginecológica (deitada com as pernas fletidas e entreabertas e apoiadas em suportes), é introduzido na cavidade vaginal o espéculo (que é um aparelho médico em formato de bico de pato) para manter a cavidade aberta e possibilitar a visualização do colo do útero e o fundo de vagina.
Com o uso de uma espátula especial e de uma escova endocervical, é possível colher amostras do tecido uterino para analisar possíveis lesões presentes. O material é colocado em uma lâmina ou em um frasco com líquido conservante e encaminhado para o laboratório para análise.
O exame de papanicolau dói?
Geralmente é um exame indolor, podendo surgir um leve desconforto no momento da coleta dentro do canal do colo do útero.
O exame detecta quais doenças?
A citologia cérvico vaginal pode detectar:
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Doenças sexualmente transmissíveis como sífilis, clamídia e gonorreia;
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Presença da infecção pelo HPV, que é a principal causa de câncer de colo de útero;
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O próprio câncer de colo de útero;
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Presença de alterações hormonais
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Presenças de fungos, como a candidíase.
Como é o resultado do papanicolau?
O resultado da colpocitologia oncótica descreve a presença de bactérias, fungos ou anormalidades encontradas na amostra coletada.
Antigamente os laudos descreviam as classes de Papanicolau, como descrito abaixo:
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Papanicolau classe I – ausência de células anormais.
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Papanicolau classe II – alterações celulares benignas, geralmente causadas por processos inflamatórios.
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Papanicolau classe III – Presença de células anormais (incluindo NIC 1, NIC 2 e NIC 3).
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Papanicolau classe IV – Citologia sugestiva de malignidade.
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Papanicolau classe V – Citologia indicativa de câncer do colo uterino.
Sendo a Classe I e II normais e as demais alteradas.
Atualmente, com a mudança de nomenclatura, os resultados não trazem mais as classes de Papanicolau e sim a nova classificação mais descritiva, completa e específica, descrevendo as características da amostra com os tipos de células presentes, a flora microbiológica (flora bacteriana natural da vagina, presença de células de defesa e o nome do germe invasor, se houver) e a presença de células malignas ou pré-malignas, se identificadas.
A classificação atual para Papanicolau pode contemplar os seguintes termos:
ASC-US ou ASCUS
O acrônimo ASCUS significa Células Escamosas Atípicas de Significado Indeterminado (Atypical Squamous Cells of Undetermined Significance).
É o resultado alterado mais frequente e decorre de inflamações, infecções ou atrofia vaginal durante a menopausa. Na grande maioria dos casos, o ASCUS é um achado benigno que desaparece sozinho com o tempo, desde que não esteja associado a infecção pelo HPV.
ASC-H ou ASCH
Neste caso, as alterações celulares não permitem descartar a presença de atipias malignas. É um resultado indeterminado e precisa ser melhor esclarecido através da colposcopia e da biópsia do colo do útero.
Lesão Intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL)
Indica uma lesão pré-maligna com baixo risco de ser câncer e que pode ser causada por qualquer tipo de HPV. Se a amostra for negativa para HPV, o risco de transformação para câncer é praticamente nulo.
Lesão Intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL)
O HSIL indica grande risco de lesões pré-malignas moderadas/avançadas ou mesmo câncer já estabelecido. Portanto, toda a paciente com resultado HSIL no Papanicolau precisa ser investigada com colposcopia e biópsia.
Quando fazer o papanicolau?
O Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 25 e 64 anos façam o exame regularmente. O início pode ser mais precoce em virtude do início da vida sexual. Idealmente, os exames devem ser anuais, entretanto após 2 exames normais, o intervalo pode ser expandido para 3 anos, caso haja dificuldade de acesso ao exame.
Se o exame indicar a presença de HPV, a frequência deve ser semestral ou menor, ficando a critério médico.
Contraindicações
O exame possui somente contraindicações relativas, como a ausência de vida sexual ou gestação após 20 semanas. O exame pode ser realizado desde que haja forte suspeita clínica de lesão em colo uterino.
Com qual periodicidade o exame deve ser feito?
Idealmente o exame deve ser realizado anualmente, entretanto, após 02 exames normais, o intervalo pode ser expandido para 3 anos, caso haja dificuldade de acesso ao exame.
Se o exame indicar a presença de HPV, a frequência deve ser semestral ou o tempo estipulado pelo médico.

Pergunte à médica
Tire suas principais dúvidas sobre o preventivo:
Grávidas podem fazer o exame de papanicolau?
Dra. Myrna: Podem. Até a 20ª semana é recomendável que seja realizada a colpocitologia oncótica. Após a 20ª semana, se houver necessidade, o exame pode ser realizado com cautela.
Por que não pode ter relações sexuais antes do papanicolau?
Dra Myrna: A presença de semen, lubrificantes ou outros produtos podem interferir no resultado do exame.
O papanicolau detecta gravidez?
Dra. Myrna: Não. O Papanicolau não detecta gravidez.
Pode fazer papanicolau e ultrassom transvaginal no mesmo dia?
Dra.Myrna: Sim, pode ser feito desde de que a coleta do Papanicolau seja realizada antes do ultrassom transvaginal.
É normal sentir dor e cólica após o exame?
Dra.Myrna: A ocorrência de leve desconforto e cólica durante a coleta é normal e frequente. Não é esperado que a dor e cólica permaneçam após a finalização do exame.
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